Por Osmar Faustino de Oliveira
(Economista – UFRN | Mestrando em Desenvolvimento Urbano – UFPE)
David Harvey (2012) em seu artigo “O direito a cidade” aponta que a urbanização desempenhou um papel decisivo na absorção de capitais excedentes em escala geográfica sempre crescente, mas ao preço do explosivo processo de destruição criativa que tem desapropriado as massas de qualquer direito à cidade. O planeta como lugar construído colide com o “planeta das favelas”. O autor indaga se o processo de urbanização é realmente bom para a sociedade. Pois bem, há os pontos negativos, como ele mesmo (Harvey, 2012) argumenta que a urbanização sempre foi um fenômeno do capitalismo, dependente do excedente dos capitalistas. E que a urbanização depende do produto excedente que eles visam ganhar. Mas, para isso, é preciso mão-de-obra barata, se na própria cidade as pessoas não aceitarem os salários impostos pelos capitalistas, estes iriam preferir contratar os imigrantes. Isso é bastante comum nas regiões metropolitanas, pois a população que reside em pequenas cidades vão em busca de oportunidades de emprego. Então, aceitam qualquer salário para trabalhar, pois no interior não há oportunidades de trabalho para estes indivíduos. Isto é o sistema capitalista, a busca pela mais-valia que como diria Marx gera uma favelização das cidades.
O processo de urbanização, como escreveu Ermínia Maricato, houve uma explosão urbana, em que o meio urbano brasileiro aumentou significativamente nos últimos anos. As pessoas estão migrando para o centro, ou seja, para a cidade. O processo de urbanização não está acontecendo apenas na atualidade, mas sim desde o século passado com o processo de industrialização, em que as pessoas deixaram de trabalhar no campo para se tornarem “urbanas”, digamos assim. Hoje em dia com o processo de globalização, a urbanização vem crescendo no Brasil. As cidades que se encontram próximas as capitais dos países são chamadas de Regiões Metropolitanas.
Confira artigo na íntegra: Artigo de Osmar Faustino – O DIREITO Á CIDADE