Daiane Loreto de Vargas
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
Joacir Rufino de Aquino
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências Econômicas
Cynthia Xavier de Carvalho
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE/CAA)
Resumo
Este artigo tem como objetivo traçar um breve panorama da trajetória da ATER pública, destacando as características do atendimento aos agricultores familiares nordestinos no período recente. Para tanto, procedeu-se à revisão de parte da literatura sobre o tema e à análise de informações extraídas do Censo Agropecuário 2017 do IBGE, da Lei Orçamentária Anual (LOA) e dos Relatórios de Atividades Anuais executadas pelas entidades públicas de ATER dos estados de Alagoas, Sergipe, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte, referentes a 2020. Com base nos dados da LOA, destacam-se a queda orçamentária e o desmantelamento recente de várias conquistas implementadas antes das mudanças políticas de 2016. E ainda, os dados censitários revelam que mais de 90% dos agricultores familiares do Nordeste declararam que não tiveram acesso aos serviços de ATER em 2017. Conclui-se, assim, que a ATER pública precisa ser reestruturada e fortalecida em termos orçamentários, de pessoal e de infraestrutura.
https://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/20507/209209217023